Aquele que atua no mundo da computação provavelmente conhece a expressão em inglês "What you see is What you get" (WYSIWYG), muito utilizada por programadores para denotar que o que "você vê é o que você obtém". Um ideal naquele mundo, que, "felizmente", não ocorre com muita frequência nem na vida real nem nos mercados.

Dear Mr. MartinsTick, Tock. Tick, Tock.What is happening on the battlefield in Ukraine left aside a second war (not military this time) in the monetary sphere. Roles are reversed. The Western world pushes hard to collapse the ruble, and thus destroy the Russian economy, and so, Russia retaliates. In both wars, resistance seems to be much stronger...

Na verdade, elas sempre estiveram presentes. O que vimos, do dia 15/3 até o início da manhã de ontem, foi mesmo um tremendo "espreme" nos vendidos. Tal movimento, no entanto, acabou devido ao seu próprio exagero. A fala de Lael Brainard foi somente o catalisador de um processo de reversão que me parecia inevitável. Afinal, não vimos soluções para...

Observa-se um descolamento entre o preço do ouro e preços dos títulos do tesouro dos EUA. Há quem especule que o sistema monetário global - aquele baseado no dólar americano e definido após a reunião de Bretton Woods em 1944 - esteja exibindo fragilidades e abrindo espaço para concorrentes.

Em um encontro entre o rei saudita, Abdul Saud, e o presidente americano, Franklin Roosevelt, realizado no dia 14 de fevereiro de 1945, ficou acordado que os EUA comprariam o petróleo saudita, pagando-o em dólares, e os sauditas investiriam os recursos provenientes da venda em ativos norte-americanos.

No texto de ontem argumentei que os "vendidos" vivem um momento de recapitulação. Durante esta terça-feira, evidências que corroboram tal argumento estiveram mais presentes no comportamento das ações brasileiras do que no das ações americanas. No Brasil, o contrato futuro do IBOV abril acima de 121.000 pontos, puxado pelas ações da Petrobras e do...

Capitulação

29/03/2022

Neste momento em que escrevo, os contratos futuros do S&P 500 já superam o patamar de 4.600 pontos. Por aqui, os contratos futuros do IBOV romperam a barreira dos 121.000 pontos. O catalisador: notícias de que as negociações entre a Rússia e a Ucrânia -- ocorrendo neste momento na Turquia -- avançam de forma construtiva.

Entramos hoje na última semana do primeiro trimestre. O IBOV luta para registrar seu oitavo dia de alta consecutiva. A taxa de juros dos contratos futuros do DI que vence em 2031 recuou para os níveis praticados durante o mês de fevereiro. A volatilidade, que se manteve bem elevada na renda variável durante o início deste mês de março, parece...

Nesta sexta-feira, temos uma reportagem no Valor Econômico que diz que a China vive uma situação sem precedentes de saída de recursos. Paralelamente, a Gavekal publica hoje um artigo cujo título é um questionamento um tanto perigoso: "Is it finally crash time in Hong Kong?" (É chegada a hora de um colapso na economia de Hong Kong?)

Foi com esta famosa frase, atribuída a John Maynard Keynes, que Anatole Kaletsky -- o veterano co-fundador da Gavekal -- buscou nos convencer que é hora de nos tornarmos mais pessimistas em relação aos preços das ações nos EUA. Kaletsky, que desde a crise europeia de 2012, vem aconselhando seus leitores a fazer o infame "buy the dip"...

Neste momento, há muito receio de que a economia americana entre em recessão. Porém, os grandes estrategistas atribuem uma baixa probabilidade para este evento. E, diante de todos os fatos, o momento sugere a busca por proteção!