Em momentos de adversidade nos mercados, não bastasse o mau humor gerado pelas perdas financeiras, temos que conviver com os nossos amigos e familiares nos perguntando diariamente: E aí, melhorou?

Espero que esta terça-feira seja mais calma para os mercados. Expresso esse desejo não por estar "vendido" em VOL, mas por estar ciente de que as próximas semanas tendem a ser decisivas.

Conflitos de interesse envolvendo o Vice-Chair do FED, Richard Clarida, poderão fazer com que ele siga o mesmo destino de Robert Kaplan e Erik Rosengreen. Isso poderá afetar negativamente as chances de que o mandato de Powell seja renovado em fevereiro de 2022.

Com a China sendo tratada como o novo rival dos EUA, novas alianças foram formadas. Foi-se o tempo em que a Europa era "bem tratada" pelos americanos. Confira o que o Marink falou sobre as novas alianças:

Neste vídeo, o Marink fala sobre um indicador que nos mostra o valor dos ativos detidos por investidores estrangeiros nos EUA: NIIP (Net International Investment Position). Esse diferencial é simplesmente grande demais e a ele é atribuído uma elevada probabilidade à tese de que é chegado um momento de virada para o índice S&P 500.

Em se tratando de mercado, há sempre a presença de um grupo que deseja ver o que chamo de "sangue nas ruas". A atual crise imobiliária chinesa, em que o conglomerado Evergrande desempenha um protagonismo, tem sido o principal alvo dos céticos. Com um endividamento que representa aproximadamente a metade do valor do passivo do Banco Lehman Brothers...

Entramos na última semana do terceiro trimestre. Há incertezas por toda parte. Questões de natureza fiscal e impasses políticos parecem estar em um tom mais elevado não só no Brasil, mas principalmente nos EUA. No entanto, a fonte de maior desconforto talvez seja a ansiedade em meio ao processo de desalavancagem que está em curso na China. Mesmo...

Neste vídeo, o Marink fala sobre a expectativa de declínio na população chinesa entre 20 e 54 anos para os próximos anos. Confira agora:

A semana que se iniciou de forma turbulenta nos mercados -- diante do caso Evergrande -- testemunhou uma forte recuperação no dia de ontem. Já as perspectivas dos mercados para esta sexta-feira parecem mais desafiadoras.

Neste momento em que escrevo (23/9, 9:40), temos os índices globais se valorizando. Os contratos futuros do S&P 500 sobem 0,60%, enquanto os do IBOV sobem 0,82%. Dito isso, há indícios de que esta recuperação pode não ser duradoura. Vejamos alguns argumentos: