The Nuclear Winter of the 60/40 Portfolio
Ao longo dos últimos 40 anos, em se tratando dos investimentos nos EUA, uma alocação de 40% em renda fixa representou uma ótima defesa para uma carteira com uma alocação mais agressiva de 60% em renda variável. Tal receita, entretanto, já não é mais interessante. E pior: se tornou algo perigoso.
Isso ocorre devido ao fato das taxas de juros estarem baixíssimas, com um rendimento real negativo. Isto é, qualquer repique inflacionário poderá resultar em perdas expressivas em termos reais. Veja o que ocorreu ao longo da década de 40 após um longo período de repressão financeira que teve como objetivo reduzir o endividamento dos EUA:
Como você pode observar, houve uma perda expressiva em termos reais ao longo do período em questão.
No Brasil, embora a taxa de juros de curto prazo esteja baixíssima, as taxas para prazos mais longos estão em níveis ainda considerados altos em termos relativos as taxas praticadas em outros países.
Dito isso, não podemos descartar a possibilidade de que o governo no empurre também para uma situação de repressão financeira (juros reais negativos).
Abaixo, compartilho com você a apresentação feita por Vincent Deluard da empresa FCStone. Trata-se de um material interessante que tem como objetivo convencer o leitor de que os próximos anos serão desafiadores em termos de rendimentos. O leitor deve se preparar para rendimentos anuais bem inferiores do que aqueles registrados ao longo dos últimos anos.
Aqui no MyVOL você já cansou de me ouvir dizendo que já não contamos mais com crescimento populacional, que as ações já estão caríssimas, e finalmente que, com os governos extremamente endividados, já não temos chances de contar com elevados ganhos de produtividade.
Por tudo isso, o melhor é encarar os seus investimentos de forma tática -- aceitando rendimentos baixos por um período -- de forma a ter munição para os momentos em que oportunidades de ganhos elevados surgirem. Este é um dos caminhos em que quero te ajudar nesta jornada.
Segue a apresentação do Vincent:
Marink Martins