Se vira nos 30 na vida de um C.E.O. - Microsoft
Se o mercado quebra, se os consumidores mudam de interesse, se as vendas caem, se a concorrência tem um grande salto no mercado não é sua culpa. A não ser que você seja o CEO da empresa. Veja a história da Microsoft.
O podcast Freaknomics It's Your Problem Now discute as viradas nos 30 que os grandes CEO têm que fazer para superar as pedras no meio do caminho, desde revoluções dos consumidores à mudanças completas nos produtos e novas tecnologias. Na entrevista, os líderes de grandes empresas como Facebook, Pepsi, Virgin, entre outras contam suas histórias. Para ouvir na íntegra acesse: https://www.stitcher.com/s?eid=53200224 Abaixo, veja o caso da Microsoft.
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Microsoft, sob o comando de Steve Ballmer, subestimou a Apple alegando que um celular com preço altíssimo mas sem um teclado não encheria os olhos dos consumidores. Pagou caro pela suposição e a concorrência chegou em peso: frente à inovação, tentou manter os modelos antigos ao invés de mudar para um modelo novo. No passado, em 1999, a Microsoft era a empresa mais valiosa do mundo, com valor de mais de 600 bilhões de dólares, com aproximadamente 900 bilhões hoje em dia - AINDA sendo a empresa mais valiosa, à frente da Apple. A Microsoft, através do Windows, estava presente em mais de 90% dos computadores do mundo. Hoje em dia está em apenas 11%, contando celulares e outros aparelhos.
A solução para Microsoft foi comprar a empresa de telefones Nokia por aproximadamente 9 bilhões de dólares, com a mudança de liderança para o CEO Satya Nadella. Ao ocupar o cargo, o seu trabalho era ajudar a Microsoft à se adaptar frente a este novo mundo de computadores móveis e nuvens de informações.
Nadella está levando a Microsoft por águas não-navegadas. O primeiro foco é a utilização de nuvens de informação, onde a Microsoft sempre esteve bem atrás, mas está crescendo para acompanhar as concorrências (principalmente a Amazon). O segundo foco diz respeito às parceiras, que se no passado as empresas eram tratadas como rivais, nos dias atuais estão cada vez mais estreitas, como por exemplo deixando seus softwares rodares em celulares de empresas rivais ao invés de limitar o acesso. O terceiro: Microsoft quer criar a mais intensa experiência de computadores com realidade aumentada, inteligência artificial e muito mais.
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Stella Manes
Equipe MyVOL