O Futuro Ameaçado do Planeta – TED Talk The Big Five

As mudanças climáticas estão relacionadas com o aumento da quantidade de gás carbônico na atmosfera, que tem consequências catastróficas para o meio ambiente como um aumento na temperatura planetária, derretimento das calotas polares, aumento do nível e acidificação dos oceanos, mudanças no comportamento e extinção de diversas espécies, aumento do número de eventos climáticos extremos e desastres naturais, entre outros. 

Este é o retrato do futuro com o aumento da temperatura. Em 2015, mais de 150 nações mundiais se reuniram para estabelecer o Acordo de Paris, no qual estabeleceram metas e ações, como a diminuição da emissão de carbono, para evitar que o aumento da temperatura seja maior que 1,5oC (referente à períodos pré-industriais). O compromisso assumido pelo Brasil foi ligado principalmente à diminuição do desmatamento e o melhor cumprimento do Código Florestal com a restauração das florestas.

As estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um dos órgãos mais atualizados e confiáveis sobre este tipo de pesquisa, são de que cenários climáticos que apresentam temperatura abaixo do esperado pelo Acordo de Paris tem uma concentração de abaixo de 430 partes por milhão (ppm) de carbono ao final do século - assumindo também que as nações vão engatar em diversas ações mitigatórias até lá. Infelizmente, é uma previsão bem difícil de ser alcançada considerando os dados de emissão de carbono computados pela NASA com a concentração de carbono acima de 407 ppm atualmente, quantidade jamais vista nos últimos 400 mil anos e crescendo a cada dia.

Há solução?

Para reverter este cenário pessimista é necessário muito trabalho não só para reduzir as emissões de carbono mas também para retirar carbono da atmosfera. A maneira mais comum, embora seja um método trabalhoso e demorado, é o sequestro de carbono através de reflorestamentos, onde através da fotossíntese as plantas absorvem carbono e estocam em sua biomassa. Neste TED Talk, o cientista Tim Kruger aborda uma outra estratégia:

Seu processo utiliza gás natural numa célula de combustível, onde metade da energia química é transformada em eletricidade e o restante em calor, utilizado para quebrar pedras de calcário em cal e gás carbônico. Apesar de estar gerando gás carbônico, este pode ser estocado comprimido e aprisionado embaixo da terra. O cal, por sua vez, pode ser usado em processos industriais removendo gás carbono da atmosfera. 

O setor de geração de energia é uma das fontes antrópicas que mais polui, seguido de processos industriais e mudança de uso do solo (desmatamento e agropecuária). Este processo é inovador comparado com os processos tradicionais de queima de gás natural, que liberam gás carbônico para a atmosfera, já que neste a emissão é negativa (há um sequestro).

É necessário um aprofundamento no desenvolvimento de novas tecnologias como a proposta de Kruger, visando uma retirada deste carbono a curto e médio prazo, já que, mesmo se as emissões de carbono por todos os países cheguem a zero, ainda haverá um aumento significativo na temperatura global ao final do século e além. 

Stella Manes
Equipe MyVOL