Market Monitor 25-mar

25/03/2022

Acima, observamos o diferencial entre a inflação anualizada nos EUA e o rendimento dos títulos emitidos pelo governo ("treasuries") de diversos prazos. 

Acima, temos o aumento na taxa associada a financiamento imobiliário de 30 anos nos EUA. 

Acima, observamos que a recente alta nas taxas de juros vem provocando enormes perdas na renda fixa. Os títulos de prazos mais longos são, naturalmente, os que mais sofrem.

Acima, observamos que os famosos portfolios 60/40, em que 60% é composto por ações e 40% é composto por "bonds", vem sofrendo nas últimas semanas em meio a escalada nas taxas de juros. Especula-se que o dinheiro está saindo da renda fixa em direção ao mercado de ações. No entanto, não devemos esquecer que ações são, por definição, ativos de longa duração e, por isso, são bem vulneráveis a uma elevação nas taxas de juros. 

Acima, observamos o retorno na renda fixa em períodos de 3 meses. Observe que a magnitude desta mais recente perda se aproxima daquela vista nos anos 80, na época em que Paul Volcker era o "chairman" do FED e elevou de forma significativa as taxas de juros nos EUA. 

Acima, observamos o volume dos resgates dos fundos de renda fixa. Estima-se que boa parte deste dinheiro esteja indo para a renda variável. 

Acima, temos o patrimônio dos cidadão americanos distribuídos demograficamente. Na parte superior (verde escuro) temos o grupo com mais de 77 anos. Já na parte intermediária -- aquela com a maior fatia da riqueza (verde claro) -- temos o grupo dos "baby boomers", hoje entre 58 anos e 76 anos de idade. Os "boomers" são os mais influentes na bolsa de valores. 

Já na faixa amarela, temos a geração X - entre 42 e 57 anos de idade. E, por último, em vermelho, temos os millenials, com idades entre 25 e 41 anos. Embora esta faixa seja a menos expressiva, houve um forte crescimento patrimonial nesta classe durante o período pandêmico. E são eles que vem comprando ações conhecidas como "meme stocks" e ações da ARK Innovation. 

Acima, observamos como o patrimônio dos "millenials" praticamente dobrou durante o período pandêmico. 

As famílias americanas estão muito bem financeiramente. E o gráfico acima é uma clara evidência. Este indica o percentual da renda disponível que está comprometida com o pagamento das amortizações e juros das hipotecas. Historicamente, as famílias nunca estiveram em uma situação tão confortável como a atual. E olha que eles nem tiveram que se esforçar muito. Boa parte desta melhora no indicador foi fruto de transferências diretas vindas do Tesouro Nacional. 

E com toda esta riqueza criada nos últimos anos, o indicador "housing starts" -- ilustrando o volume de construções civis -- está disparando, recuperando os níveis de 2007. 


Marink Martins

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