"Gamma pins"

26/01/2022

Dentre os assuntos mais discutidos por aqueles que acompanham o mercado está a imensa volatilidade vista no mercado americano. O "reversal" de 4% visto na última segunda foi um dos maiores da história. Dito isso, sabe-se que há momentos em que os "dealers" de opções -- normalmente bancos e "hedge funds" que fornecem liquidez ao mercado -- estão comprados em VOL, e outros em que eles estão vendidos em VOL.

A expressão, em inglês, "gamma pin" se refere justamente a um ponto em uma curva associada a diversos contratos de opções de um determinado ativo. Como exemplo, podemos falar aqui do ETF SPY que está associado ao índice S&P 500. Neste momento, tudo indica que os "dealers" estão comprados em VOL (isto é, posicionados em opções de forma a se beneficiar de movimentos bruscos no preço do ativo em questão). E se os "dealers" estão comprados em VOL, às massas (o público do varejo) estão, de forma agregada, vendidas em VOL.

Assim, não é à toa que estamos observando uma tremenda volatilidade no NDX (Nasdaq 100) e no SPX (S&P 500). Em um vídeo recente, busquei chamar atenção dos investidores de que a volatilidade implícita associada a contratos de opções de ativos brasileiros como PETR4 e BOVA11 está baixa em relação ao que vem sendo praticado nos EUA.

Hoje temos um evento marcante que é a conferência de Jerome Powell. É possível que tudo fique mais volátil por aqui. Fique atento.

Marink Martins

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