Veja porque a participação brasileira na carteira MSCI EM (mercados emergentes) deve cair nos próximos meses
Há semanas venho alertando aos assinantes MyVOL a respeito de uma iminente alteração na composição da carteira que compõe o índice MSCI Emerging Markets Index.
Trata-se aqui de um aumento na participação das ações listadas na China Continental, também conhecida como "A-Shares". Ao longo do ano de 2018 foi feita uma inclusão parcial destas em caráter experimental.
O experimento foi um sucesso e atualmente há em andamento uma consulta a respeito de um aumento da participação que, se aprovado, deverá elevar o peso destas ações dos atuais 0,71% do índice para um patamar de 2,8% em agosto/2019 e 3,4% em maio/2020.
Observe através do gráfico abaixo como um eventual aumento na alocação das "A-shares" impacta a alocação destinada aos demais países:
COMPOSIÇÃO ATUAL DA CARTEIRA MSCI EM:
Como podemos observar, tal alteração, embora gradual, faz com que a participação do Brasil na carteira MSCI EM caia dos atuais 5,8% para 5,4% em um prazo de um pouco mais de 12 meses.
Observe que isso ocorre justamente em um momento em que a mídia financeira vem clamando pela volta dos investidores estrangeiros para a bolsa brasileira.
Em um passado distante, durante os anos 90, em um período em que as ações da Telebras dominavam as negociações na Bovespa, a participação brasileira na carteira MSCI EM chegou a superar o patamar de 13%. Desde então, o crescimento chinês tem sido avassalador.
Enquanto o mercado de capitais brasileiro patina com um pequeno número de IPOs, o mercado chinês se mantém em ebulição com investimentos em "private equity" que chegam a superar o volume investido em países desenvolvidos.
Agora, se você é um investidor diversificado que busca fugir do perigoso viés cognitivo, conhecido em inglês como "home country bias", você deve considerar o Global Pass, uma carteira de investimentos internacional que eu gerencio através da Inversa Publicações. Para mais informações, basta clicar aqui: Acesse o Global Pass.
Iniciamos este projeto em agosto do ano passado, em um momento em que os mercados estavam esticados. Mesmo assim, a carteira Global Pass registra até o momento um retorno de quase 7% em dólares comparado com um retorno para o mesmo período de -2% para o índice S&P 500.
Uma das razões para esta outperformance é justamente um posicionamento estratégico, buscando uma alocação global eficiente.
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Marink Martins