Os próximos dois dias serão impactantes nos mercados globais. Finalmente, chegamos ao dia da decisão no estado da Geórgia nos EUA. Além disso, ontem tivemos o anúncio de "lock-down" na Inglaterra, e é possível que a Alemanha anuncie restrições hoje. Os mercados reagiram negativamente, e aqui no Brasil, a queda só foi mais tímida devido a...

No gráfico acima temos o índice S&P 500 (linha roxa) versus o dólar index invertido (linha amarela). Como podemos observar é o comportamento do dólar que vem ditando as regras do jogo.

Conforme mencionei por aqui na última quarta-feira quando escrevi "Não chame o cara de Pato Manco": Trump deu um xeque-mate em democratas e republicanos.

Independente de ter sido acertada ou errada a resposta dos governantes diante da pandemia, é fato que - pelo menos nos EUA - uma boa parte da população formou uma poupança que não foi fruto do trabalho, mas sim, da transferência de renda. Em um determinado momento neste ano, cidadãos americanos receberam US$600/semana!

Inicio a semana com uma dose de ceticismo diante do cenário de aversão a risco que se faz presente nesta manhã. O noticiário nos diz que os mercados caem devido ao surgimento de uma nova cepa do coronavírus na Inglaterra, provocando assim, o receio de desaceleração da retomada econômica vigente.

Nesta próxima segunda-feira teremos a inclusão das ações da TESLA no índice S&P 500. Observe que o preço das ações subiu aproximadamente 50% desde o anúncio de sua inclusão e 800% desde a mínima do ano.

Ontem tivemos o vencimento do contrato WINZ20 e os "comprados" deram um show. Puxaram o índice de forma surpreendente, levando o preço de ajuste para 117.577; isso após ter feito uma mínima situada a 2.000 pontos abaixo deste patamar.

Jim Cramer é, na minha opinião, o mais influente comentarista do mundo das finanças neste planeta. O cara já atuou em todas as pontas. Passou pelo Goldman Sachs, já foi um gestor de sucesso, já foi um empresário que levou sua empresa a um IPO, e é hoje a pessoa mais importante no principal canal de finanças do mundo - a CNBC....

Venho argumentando através destes textos que viveremos o ápice do descolamento entre a economia real e os mercados nesta semana. A base da argumentação reside em alguns fatores:

Pós IPOs

11/12/2020

Acima temos o gráfico do IPO da empresa RedHat. Este IPO ocorreu em agosto de 1999 e ilustra como o pós IPO pode ser problemático.

Conforme mencionei na segunda-feira, estamos na semana dos IPOs. Temos as aguardadas emissões de ações de empresas como Rede D´Or, AirBnB, e DoorDash. Curiosamente, 2020 está se provando um ano recorde para emissões conforme podemos observar na imagem abaixo.

Que mercado é esse? Quando cai, cai como em uma depressão. Quando sobe, sobe de forma eufórica. Temos um mercado exibindo sintomas claros de uma doença maníaco-depressiva. Está certo que, em parte, os mercados sempre se comportaram assim. Mas, há indícios claros de que os sintomas vêm ganhando uma outra dimensão.